Contratos para safra 2011/2012 de laranja já estão definidos.
Não tem mais jeito. Agora é aceitar ou aceitar o que será proposto. Definido contratos para esta safra em R$ 10,50, com um adiantamento de R$ 4,00, mais R$ 6,00 ao redor de 60 dias após a entrega da fruta e os R$ 0,50 depois do fechamento da safra em 2012.
Também ficou acertado um acréscimo de R$ 0,25 para cada U$ 100,00 caso a cotação média desta safra fique acima dos U$ 2.100,00 a tonelada, o que já está sendo visto com bastante ceticismo por parte dos produtores. Parece que ninguém acredita que na possibilidade do cumprimento deste contrato no que diz respeito pelo menos a este adicional. Desta forma fica cumprida a promessa feita durante a feira e já divulgada neste site com relação aos contratos.
Para aqueles que têm o costume de acompanhar os preços na Bolsa de Nova York, deve ter reparado nos preços absurdamente altos das cotações: U$ 2.882,35 nesta última sexta-feira dia 24 de junho. Um preço simplesmente espantoso. Poderíamos estar recebendo pela fruta posta, caso o segmento de laranjas seguisse a mesma lógica aplicada para as culturas mais civilizadas como a Soja, Milho e Café algo em torno de R$ 17,50 pela fruta posta. Isto para ser conservador e preservar um bom apetite por lucro para os demais elos da cadeia citrícola.
Caso o cálculo dos acréscimos fosse levado em consideração para uma cotação desta, estaríamos falando de um preço de R$ 12,50 por caixa de 40,8 kg posta na indústria. Esta distorção ocorre porque acrescentar R$ 0,25 para cada U$ 100,00 não corresponde a algo que poderia estar sendo feito. Estaríamos repassando à indústria um lucro acima do razoável, algo em torno de 40%, isto somente em relação aos U$ 100,00 de acréscimo e assumindo um prejuízo que cada um certamente saberá calcular.
No que se refere a custo de produção, estamos atualmente mexendo em um vespeiro ao tocar neste assunto. As divergências são enormes e o bom censo está aparentemente de férias. Não existe a possibilidade de consenso nem acordo sobre esta matéria. O mais relevante, e é exatamente este o ponto que considero mais importante, é que existem poucos produtores dispostos a continuar no ramo caso os preços mínimos fiquem abaixo de R$ 12,00 a caixa.