Saem os primeiros contratos: Indústrias querem fixar preços nas negociações com o Consecitrus

Os primeiros produtores já entraram em contato com os vendedores das indústrias e escutaram algo completamente inesperado: R$ 4,00 a caixa de 40,8 kg posta na fábrica e um adicional indefinido a ser acertado com o Consecitrus.

A situação ficou mais que dramática e tende ao pior dos cenários. Ao firmar contratos sem um preço definido, em cima de uma entidade, o Consecitrus, que na prática ainda não existe e que não deu provas de que irá ser representativa, as indústrias estão provocando pânico no campo, deixando os produtores sem saber que rumo tomar. Para aqueles que ainda não estavam por dentro destas negociações, a adesão ao Consecitrus por parte dos produtores deveria ser facultativa, uma das condições impostas para que a entidade tivesse melhor representação. Teria que mostrar primeiro ao que veio. Dar provas de sua competência para gerenciar as negociações junto às indústrias de suco para ai sim ganhar adeptos e passar a operar nos moldes do Consecana.

Mais uma vez estamos caminhando para um episódio que esgarçará ainda mais as já tão complicadas relações entre citricultores e indústrias de suco. O discurso da CitrusBR, por meio de seu representante Christian Lohbauer tende a parecer conciliador, dotado de um certo bom senso e, lógico, com tendência a defender as políticas adotadas pelas indústrias de suco, seus atuais patrões. Durante sua apresentação, deu informações bastante valiosas em relação aos preços, porém não muito justas diante do atual cenário. Disse que iriam pagar pela laranja pensando em um preço de estabilização do suco ao redor de U$ 2.000,00 a tonelada, o que daria entre R$ 10,00 a 11,50 a ser pago pela caixa de laranja ao produtor. Haveria a estabilização da renda dos produtores que tiverem entre 20% a 30% a mais de frutos nesta safra em relação à safra passada. Falou também da dificuldade em repassar o aumento nos custos de produção para seus clientes e apontou esta condição para que os investimentos continuassem a ocorrer no setor.

Por parte da Associtrus, Flávio Viegas demonstrou que ocorre um crescimento ao redor de 3,2% a.a. no consumo de sucos, e que na média tenderia a absorver as produções já estagnadas dos Estados Unidos e Brasileiras. Demonstrou uma diferença entre o que estava sendo pago pela laranja na Flórida em relação aos preços pagos aqui no Brasil, o que em parte justifica os aumentos de eficiência na produção ocorridos naquele país em relação ao Brasil, apontados pelo Fábio Dei Giorgio durante sua palestra.

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